domingo, 30 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Bom Ano de 2013

O Grupo Desportivo Trásdaponte,
deseja a todos os visitantes do "Atrás da Ponte",
um ano de 2013 cheio de comes e bebes
e que ganhe o melhor.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Ano de 2013

Na medida do possível, que 2013 passe
depressa,e sem muitos sobressaltos.
Nós por cá,continuamos "unidos e coesos",
prontos para mais umas "macacadas".

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

sábado, 22 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Estórias com Gente de Trásdaponte

                                 ESTÓRIAS COM GENTE DE TRÁSDAPONTE

                                                                                    de Ângela Piedade

                                                    A tablete de chocolate


Hoje não me safo, não há ninguém para brincar, a Amélia está de castigo e não a deixam sair. Bem pedi à D. Ludovina que a deixasse brincar comigo, que nós nos portaríamos bem, supliquei, mas a mãe da Amélia com aquele sorriso de quem gostava de mim, só dizia: _ Não pode ser filha, foi o pai que a castigou e eu não posso fazer nada. Volta não volta isto acontecia, a Amélia era rabina e eu não imagino a minha infância sem ela e as suas peripécias divertidas. Na rua não aparecia ninguém, o que era feito da Carolina, da Lucinda, da Jacinta, da Tina, da Elsa, ninguém aparecia para brincar, também estariam de castigo, pensava, naquele tempo não era preciso muito para que isso acontecesse. Sozinha comecei a jogar ao pesão, na esperança de alguém querer brincar comigo, qualquer uma servia, brincar sozinha é que não.
 Nisto passa a minha avó Maria e pergunta-me: _ Ângela Maria queres vir à Cooperativa com a avó? Cooperativa palavra mágica, o sítio onde comprava os chocolates e outras guloseimas. A brincadeira estava fraca e logo lhe dei o braço.

 Subimos ao primeiro andar onde estava o Auto-Serviço, algo parecido com o que é hoje um supermercado, as coisas estavam em prateleiras e eu podia mexer. Corri para a minha tablete do costume, pequenina com um estampa colorida a que chamávamos de surpresas e que colávamos nos cadernos da escola. Os rapazes coleccionavam os cromos dos jogadores de futebol que saíam nos rebuçados e faziam um jogo muito engraçado em que cuspiam na palma da mão e viravam os cromos que estavam ao contrário. Chegámos à hora em que estavam a abastecer e a colocar produtos nas prateleiras, quando no alto do escaparate das guloseimas, aparece sozinha uma tablete enorme da Regina, era de ficar sem fala, nunca tinha visto uma tablete tão grande. Puxei a minha avó pela saia, e pedi-lhe: _ Vó, compra-me aquela tablete, compras não compras? A minha avó viu o preço e com um ar desanimado retorquiu: _ Não pode ser filha, é muito cara e a avó não trouxe dinheiro que chegue. Remexi os bolsos e estendi-lhe a mão com alguns tostões e agora vó, já pode ser? Não chega, isso só dá para aqueles rebuçados de café a meio tostão cada. Baixei os olhos triste, queria tanto a tablete. A minha avó na sua generosidade e amor (deu-me de comer à boca até aos 11 anos), decidida: _Vamos a casa buscar o dinheiro que falta! Tinha o coração aos pulos a caminho da rua 1ª de Dezembro e nunca me lembro de ter subido tão depressa o 3ºandar, casa onde nasci. Ó vó vamos depressa, podem comprar a tablete, com dificuldade a minha avó tentava acompanhar o meu passo, quase corria, ela sofria do coração... cinco escudos custava a tablete e finalmente era minha! Sentei-me à porta da Cooperativa enquanto a minha avó fazia as compras e conversava com as comadres. Que tablete deliciosa, tinha uns altos de onde jorrava um líquido viscoso muito saboroso, nunca tinha comido nada assim. Nisto oiço ao longe a voz da minha avó, Ângela Maria, Ângela Maria, acorda, a avó tem de ir fazer o jantar. Ó Maria Matos, a tua neta não está bem, a rapariga não responde, se calhar apanhou muito sol, colocaram-me a mão na testa para saberem se tinha febre, andava meningite na terra, a minha avó muito aflita só dizia, valha-me Deus, nossa Senhora, morreram-me quatro filhos e um deles com meningite ( o meu pai foi o único sobrevivente), ai minha rica filha e desatou a chorar. Até que a Sérgia pequenina, tentou pegar-me ao colo e disse: _ a tua neta cheira a álcool! Tinha o vestido todo sujo do líquido que saiu da tablete. Outra comadre pegou no que sobrava da tablete e num espanto ao ler o papel retorquiu:_ Ó Mari Matos, tu foste comprar uma tablete com anis para a tua neta? Coitada da minha avó, sabia lá que havia tabletes com anis, além disso, era muito míope (16 dioptrias), os olhos negros enormes, pareciam dois pontinhos naqueles óculos. Leva mas é a rapariga para casa e ela que durma, diziam as comadres. E assim foi, agarrada à cintura da minha avó, fui cambaleando até casa e dormi. Ao acordar lá estava a avó Maria, ansiosa a perguntar-me: _ Sentes-te bem filha, sentes-te bem? E a primeira coisa que eu disse: _Ó vó, onde está a minha tablete?


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Concerto de Natal

Concerto de Natal no Salão Nobre da Timbre no dia
16 - 12 - 2012
Durante a tarde foram distinguidos com o titulo de

Sócio Honorário os seguintes Timbrenses:
Leal Calqueiro, Luís Rosa e Egas Capucha.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Concerto de Natal




A Banda da Timbre efectuou um concerto no
Lar de Idosos do Seixal
16-12-2012

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domingo, 16 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Copaneiras

Estamos em 1944,no Salão Nobre da Sociedade Timbre Seixalense
O grupo "Copaneiras" comemora o seu VII aniversário.
Muito difícil em 2012 identificar os convivas, no entanto,no
topo da mesa,reconhecem-se duas figuras que se destacaram
na vida da Timbre.Capitão Louro amigo da Sociedade,e o
maestro Domingos Maria Ferreira,de quem já aqui temos falado.
Lembrar que o grupo ainda existe, e que em 2012 festejou
o 74º aniversário.

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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Centro de Estágios

Sem dúvida que a construção do Centro de Estágios do
S. L. e Benfica no Seixal, veio animar uma vila que vai caminhando
lentamente  para a "desertificação".
Trásdaponte,dista apenas 1400m do Centro de Estágios,por aqui
transitam diariamente os "craque
$" da bola.

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sábado, 8 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Concerto de Natal

A cantora lírica Raquel,que actuou com a Banda da Timbre



Na Igreja do Seixal em Trásdaponte a Banda da Timbre
executou o 1º concerto dos três anunciados.

No dia 16 pelas 11h terá lugar o 2º concerto no Lar de Idosos do Seixal
no mesmo dia pelas 15,30 no Salão da Timbre Seixalense
terá lugar o 3º concerto


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Trásdaponte - " A pequena janela do Beco do Alpendre"

A pequena janela do Beco do Alpendre

Parte 2

Os pais da Amélia não nos deixavam atender ao balcão,meninas
bem comportadas ficam a um canto sossegadas a estudar.

Mas naquele dia, por uns minutos, os dois tiveram que sair e foi
quando começaram a chegar os trabalhadores a reclamar por um
um copo de três.

Anda daí, dizia a Amélia com aquele ar despachado,vamos para
o balcão, eu sei o que é um copo de três, é aquele com uma risca
ao meio, abres a torneira do barril, pões um pires por debaixo para
apanhar os pingos do vinho e enches o copo, que eu levo às mesas...
e assim foi o meu primeiro dia de taberneira!

Bebíamos às escondidas todos os pingos que caiam do barril, 
sentadas no chão por detrás do balcão e se as gargalhadas eram
muitas, passaram a ser ainda mais...

Entretanto a Carolina chegou para brincar connosco e avisou-nos
que os pais da Amélia já vinham aí, ela foi a nossa salvação, um
bocadinhos tontas da pinga, retomámos os nossos lugares de 
meninas bem comportadas no canto da mesa.

Nisto chegam os pais da Amélia, muito afogueados e a perguntar
se nos tínhamos  portado bem, mas com aquele ar desconfiado de
que se tinha passado algo e viram os copos de três em cima das
mesas já servidos... ralharam,ralharam...e nós quase a enfiarmo-nos
debaixo da mesa, dizendo que não voltaríamos a fazer o mesmo,mas
por favor não faça queixa à minha avó,suplicava eu!

Com aquele ar franzino de olhos esbugalhados de quem não parte
um prato, lá convenci a D. Ludovina, que só ralhava da boca para
fora, com um coração de ouro...e ela para mudar de conversa disse:
-Não têm fome?

Ufa! Que alívio! Já tinha passado o mau tempo! E não sei se era  
do vinho, mas o facto é que estávamos com fome e foi aí que 
entrámos na minúscula cozinha da taberna com uma janelinha que
dava para o Beco do Alpendre... os famosos ovos estrelados da
D. Ludovina iriam ser feitos numa frigideira pequenina, que parecia
de brincadeira, cheia de óleo e que com uma colher deitava por
cima deles aquele óleo fervente até formar uma capa branca,mas
durante pouco tempo, para não ficarem muito cozidos...com um
pedaço de pão rebentá-los e saborear  de olhos fechados... os
melhores ovos estrelados que alguma vez tinha comido, os da 
D. Ludovina!

Taberna do Elói

Estava na moda a margarina Vaqueiro e a minha mãe só usava
essa margarina para os estrelar, aparecia a Maria de Lurdes Modesto
na TV, a dizer que era melhor para a saúde, blá,blá,blá... e eu a
teimar que os ovos estrelados da mãe da Amélia eram muito melhor!

Sou fraca cozinheira, mas ovos estrelados, faço à moda da taberna
do Elói, ah... mas aquela cozinha que dava para o Beco do Alpendre,
onde brincava e o cheiro delicioso desses ovos que saía por aquela
pequena janela, eram insuperáveis ... os melhores que já alguma
vez comi!

Ângela Maria, vens ou não vens? Sai desse beco que temos
coisas para fazer! Reclamou a minha mãe ...

FIM

                                                                Ângela Piedade






terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Solar da Timbre


Déc. de 70 do séc. XX.
Com o rio ali bem perto,a estrada não era tão larga, o
Solar da Timbre,lugar aprazível nos meses de Verão.
 

domingo, 2 de dezembro de 2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Trásdaponte - Concerto de Natal


O ano é o de 1998,os jovens na foto, são da Sociedade
Timbre Seixalense. Trata-se de um Concerto de Natal

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Trásdaponte- "A pequena janela do Beco do Alpendre"


A "Pequena janela do Beco do Alpendre", é um conto de Ângela Piedade,
uma Trádapontense, nascida na Rua 1º de Dezembro.
O Conto será publicado em duas partes




A pequena janela do Beco do Alpendre
                                                                   
                                                                  Parte 1

A prima Idalina, num destes dias, colocou a foto do Beco do Alpendre e eu fiquei  a olhar… a olhar e a achar que me fazia recordar algo, mas o que seria? A degradação avançada, o caricato dizer, “condomínio fechado”, com gradeamento, não faziam parte da minha memória…mas se era o Beco do Alpendre, onde estava a janelinha da cozinha da Taberna do Elói? Sem essa janela já não era o meu Beco!
Hoje Domingo, fui almoçar ao Pestana, (Solar dos Reis…não faço por menos!), e quando saía do restaurante, cheia de curiosidade, lá fui dar uma corridinha até ao Beco do Alpendre, na ânsia de a minha memória não me atraiçoar, (com a idade já muita coisa falha!) a janela que eu procurava e não aparecia na foto, ainda existia, ela estava lá quase rente ao chão, a mais pequena do beco com um gradeamento, logo a primeira janela do lado direito quando se entra e que a foto, se calhar por acharem-na insignificante, cortou.
Aquela janela… pequena felicidade de algo da minha infância, que teimosamente perdurou e por instantes, permitiu-me uma viagem no tempo, dos 7, 8 anos, a escola primária…
A Amélia e a Carolina eram da classe da D. Aurora, a nossa querida professora, com uma paciência infinita para nos aturar e o melhor: não dava reguadas! Findas as aulas, trabalhos de casa e a seguir brincadeira!!!
Muitas foram as vezes que em vez de ir depois das aulas, para casa da minha avó Maria na Rua 1º de Dezembro, rumava directo com a Amélia para a taberna dos pais, a Taberna do Elói e esse era sempre dia de festa. Naquela mesa comprida de mármore junto à janela a um canto, fazíamos os trabalhos de casa, sob a vigilância atenta da D. Ludovina, mãe da Amélia, que ralhava connosco, estávamos sempre na gargalhada…
No final da tarde, chegavam os operários     para comerem uma bucha, traziam uma navalhinha no bolso e com ela cortavam os queijos com um ar rançoso que havia dentro de um frasco com azeite, no balcão da 
taberna, num pires,"jaquinzinhos" coisa pouca, um pedaço de pão e o famoso copo de três.

                                                                                                     continua
                                                                                                      
                                                                                                     Ângela Piedade

domingo, 25 de novembro de 2012

Trásdaponte - Timbre - Grupo Cénico

Foto do princípio da déc. de 70 do séc. XX
Grupo Cénico Infantil da Timbre
Ao centro sentado, o Sr. Avelino Serra, eterno Ensaiador
dos Grupos de teatro da Timbre.Em pé à esquerda
Ovídio Gaspar, Actor,ponto,bibliotecário e grande entusiasta
das actividades culturais. Ambos Operários corticeiros.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Trásdaponte - Timbre Seixalense 1ª Sede


Esta foto, já foi publicada aqui no blogue,por várias vezes
por motivos diferentes. A foto é da déc. de 60 do séc. XX.
Foi neste 1º andar da rua dos Valentes que, em 1834 um
grupo de Operários corticeiros e carpinteiros navais deram
corpo ao que hoje é a
Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense.



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Trásdaponte - Pescadores de Água Doce

Trásdaponte - Curva da Timbre Novembro de 2012.
A tarde está calma, mesmo boa para uma pescaria.
Está a dar está a dar,dizia o Augusto "arri e porra".
Não vejo nada,digo eu.O que se espera,pescadores de água doce.

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domingo, 18 de novembro de 2012

Trásdaponte - Seixal 1900

SEIXAL  1900
Ao centro, o edifício da antiga fábrica de conservas.
Ao lado da fábrica,lado esquerdo da gravura,é onde
está construída a agência da Caixa G. de Depósitos.
No lado oposto vê-se o cemitério de então,transferido
do adro da igreja.As águas do rio chegavam junto das casas.

Gravura feita e impressa no
«Espaço Memória - Tipografia Popular »
Extensão do Ecomuseu  Municipal do Seixal

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Trásdaponte - Timbre - Banda

Hoje, vamos uma vez mais fazer uma viagem ao passado.
Viajamos até S. Paio de Oleiros,onde a Banda da Timbre,
juntamente com uma Banda espanhola brindaram os habitantes
da vila com os seus repertórios musicais.
Estamos no mês de Agosto de 1954.
Vamos tentar identificar alguns músicos,através de algarismos.
1- João Casimiro ( Joca ), 2- Marcelino Calqueiro, 3- José
Calqueiro, 4-Arnaldo Tavares,5-Luís Aragão, 6- Guilherme,
7-Idalino Roque,8-Joaquim d' Avó,9-António Lopes,10-Gavião,

11-Gavião (filho),12-Manuel da"Sociedade",13-João "Pequeno",
14-Rafael Calqueiro,15-Domingos Maria Ferreira(maestro),
16-Pedro Carolino,17-António"Ganância",18-Miguel Tavares,
19-"Juanita",20-António Mendonça,21-Adelino Tavares,
22-Emílio Rebelo,23-Hernâni,25-Celso Tavares,26-Tiago,
27-Arsénio Silva,28-Manuel Tiago,29-João Tavares,
30-Victor "Gordo",31-José Urca,32-José António Cardoso,
33-Leal Calqueiro,-34-Zé "Cuca".
Salientamos os dois "mascotes" da Banda nesta época.
Luís Aragão e José António Cardoso.

Esta, é mais uma foto guardada numa caixa de papelão.

Foto cedida por Luís Aragão

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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

sábado, 10 de novembro de 2012

Trásdaponte - Baile da Pinhata 1963


Aposto que foi mais uma grande noite.
Quem teriam sido os Reis ?
Alguém se lembra ?

Nesse dia 9 de Março de 1963, as primeiras
páginas dos jornais eram feitas de banalidades.
Excepção feita para o "Diário de Lisboa",
que anunciava ter sido Aquilino Ribeiro
homenageado pelos seus pares.

Entretanto a guerra nas colónias intensificava-se.



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Trásdaponte - "Damas ao Bufete"







Aspectos da Exposição " Damas ao Bufete " patente ao
público até 17 de Novembro no Fórum Cultural do Seixal.

( Re ) viva o passado


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sábado, 3 de novembro de 2012

Trásdaponte - Timbre - Baile 1963

Ao visitar no Fórum Cultural do Seixal,
a Exposição "Damas ao Bufete",deparei-me
com um cartaz, produzido na Tipografia
Popular de Augusto Palaio, anunciando
uma Matiné Dançante para Domingo
24 de Novembro de 1963.
Nada de anormal,bailes não faltavam na
Timbre naquela época.
No entanto,veio-me à memória outras datas.
Desculpem lá este ataque de nostalgia,mas,
dois dias antes foi assassinado o Presidente dos
Estados Unidos J. Kennedy e, um dia antes
partia de Trásdaponte rumo a uma das Colónias
Portuguesas mais um combatente à força.
 Por motivos óbvios,não estive presente nessa
Matiné,mas, com certeza,que foi animada, e
sobretudo, não faltaram as bifanas as
lamujinhas,etc,etc,etc,etc,etc.

 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Trásdaponte - Escola de Música 2


Pedro Carolino trompetista na filarmónica
da Timbre,ensinava solfejo nas horas
vagas. Estamos nos finais da déc. de 60
do séc. XX. Os miúdos da foto,têm hoje
entre 50 e 60 anos. Alguém os conhece?
  

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Trásdaponte - Encontro de Bandas



Dia 27 de Outubro de 2012 realizou-se o
XIII Encontro de Bandas do Seixal.
As fotos mostram as Bandas perfiladas
em frente à Sede da Timbre

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Do livro " Memórias Escolhidas de
Ângelo Matos Piedade,vamos transcrever
mais uma passagem, relacionada com a
rua dos Valentes em Trásdaponte.


" Voltando à Rua dos Valentes,foi no seu espaço que
comecei com outras crianças descalças e com o ranho
no nariz, a minha aprendizagem da vida: correndo,
brincando, falando, a apanhar o sarampo, as bexigas,
as constipações e também a lá deixar as doenças,
conforme a minha mãe contava...
A viela era calcetada e com inclinação para o meio por
onde,ao longo dela, corriam as águas e os despejos até
às sarjetas. A mesma viela do Zé da Cagada, da tia
Rachadinha,do tio Domingos e do filho Eugénio,da
Ratada, do Veríssimo, do Caetano, do Joaquim Maia,
do Belo do Manecas e mais Gaviões, do Joaquim Lino
e da mãe Laura ,e da Laura irmã da Suzete, ambas
Come-Nadas, da tia Catarina e do neto Vitalino dos
Fadistas, do Armindo da Seca,da Maria de Lurdes,
da Maria Gertrudes, da intocável Laurinda,da tia
Maria Narciso e dos Amaros, João e Celestino,
do Texugo, do Rogério Ladrão, do Graciano Zarolho,
do Catamira informador,  do Manuel da Taberna e
da Carvoaria da Cooperativa onde no tempo da
guerra se fabricavam bolas de cisco, para substituir
o carvão, que não havia."

Rua dos Valentes em Trásdaponte

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Trásdaponte - Exposição de Fotografia


É inaugurada no dia 24 de Outubro uma Exposição
Fotográfica subordinada ao tema "Damas ao Bufete".
 Esta Exposição pretende retratar as décadas de ouro,
 30,40,50 e 60 do Séc. XX, quando as Orquestras
Jazz marcavam o compasso musical no Concelho.
A Exposição, está patente ao público até 17 de
Novembro de 2012 no Fórum Cultural do Seixal,
na Quinta do Sousa,paredes meias com
Trásdaponte.
 

sábado, 20 de outubro de 2012

Trásdaponte - XIII Encontro de Bandas do Seixal

Assista no sábado 27 de Outubro ao XIII Encontro de
Bandas do Seixal.
Desfile pelas ruas da Vila seguido de Concerto na
Sociedade Timbre Seixalense.

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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Trásdaponte - Barbearias 2

Hoje funciona como Café, no entanto, e até final da déc. de 60
foi a Barbearia do Ti César,também conhecido como
César Tapum.
Seixalense de gema e sofredor do Seixal F. Clube.Era aqui nesta
Barbearia,onde se assistiam às discussões mais acesas sobre
futebol.
A sua localização é na rua Cândido dos Reis nº 106, na esquina
com o Largo da Igreja.

 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Trásdaponte - Festa de Homenagem

Já que estamos na onda dos anos 50 do séc. XX, fica hoje aqui, mais uma lembrança.
Domingos Maria Ferreira, foi o maestro mais famoso da Timbre. Durante algumas
décadas dirigiu a Banda que era a menina dos seus olhos, percorreu o país com a sua Banda,
fazendo questão em mostrar que tinha uma Banda afinada, e músicos conhecedores  da partitura,
em muitos concertos,gostava de se virar para a assistência , e deixar os músicos entregues
às suas notas.
Na sua festa de homenagem, no Salão Nobre da antiga Timbre,o fotógrafo de serviço
privilegiou  os homenageadores  em detrimento do homenageado. Que se encontra à 

direita assinalado com um ponto vermelho.
Dos amigos do Maestro, que se encontram na foto com sessenta anos,alguns estão vivos.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Trásdaponte - Estórias com Gente de Trásdaponte

ESTÓRIAS COM GENTE DE TRÁSDAPONTE

LARGO DA IGREJA ANOS 50 SÉC. XX

                                        de  Eduardo Palaio

Parte  2


Agora que já estou melhor num intervalo dos deveres da escola
que são muitos já tenho tempo para descrever à senhora minha 
avó Jesus o sítio onde vivemos aqui no Seixal. O prédio é o maior
que aqui há no Largo da Igreja o meu pai que ainda agora chegou
havia de gostar mais que o largo se chamasse Largo do Coreto a
avó já sabe como ele é e tem dois andares e águas furtadas que
não dá para avistar pois a um que comece a recuar para as ver
acaba por bater com as costas na igreja sem as ver.Se o prédio 
caísse inteiro batia na igreja veja a avó como fica mesmo em
frente. Do meu quarto e do meu irmão pela janela grande que é
toda envidraçada vê-se o rio que é logo a seguir à pequena rua
onde fica a entrada da Câmara Municipal. O largo tem cinco
saídas o que é o mesmo que dizer que tem cinco entradas aqui
bem no largo temos a tal padaria e a dita taberna de que já falei
uma farmácia mais uma barbearia uma escola da sogra do
senhor Necas uma mercearia grande do senhor Mário uma
 casa de máquinas de costura dum senhor Pereira uma casa
caserna da guarda republicana a Câmara um coreto de banda
de música e uma cadeia onde às vezes estão um que se
chama ladrão alto outro é o senhor Pinho e o que falta é um
a que chamam Texugo que anda em bicos dos pés a mais das
vezes a falar alto e contra o Salazar. No nosso prédio de viver
vivem um senhor muito educado no mesmo andar do nosso que
se chama Manuel Rebelo e tem mulher e uma filha que é
quem eu mais conheço e o meu pai também depois os Penholas
os Sesimbras e por cima do senhor Rebelo o senhor Américo
Capucha não sei se capucha é nome  ou é alcunha o mesmo
para o senhor texugo aqui muita gente é conhecida por alcunhas
só falando nos que moram no nosso largo os nossos vizinhos
já ouvi chamarem pelos fadistas que moram por debaixo do 
Severa ( não sei se é alcunha ) e por cima dos Cága-Apitos
desculpa avó mas é assim que dizem depois hà os Coelha 
Branca os Santolas e no prédio ao lado uma senhora Coça e
em frente um que é o senhor Chico Bruxo que vive com umas
irmãs coitadinhas se lhe chamam bruxas e ao lado por cima
da farmácia um Vai-te Vai-te e do meu lado direito os
Cambalachos ( não sei se é nome se alcunha ) o Salustra deve
ser alcunha porque já o ouvi chamar de Jesuíno e deve
haver mais e o largo é quase quadrado e se eu for andar
devagar quando tiver contado até vinte já percorri o
comprimento todo.

Falando de alcunhas esta é a terceira terra onde vivemos e
tal como a terra da avó e da família que é a Figueira da Foz
tem também um rio e o mar está perto só que não se vê 
talvez por isso as pessoas daqui chamam mar ao rio 
depois de tanta mudança espero que desta vez seja para
ficar assim o desejo desde o dia em que chegámos da
Figueira. De cada vez que mudamos sai-se de uma terra e
perdemos os amigos o que é mau e triste e também em 
mudando fica para trás as alcunhas que tínhamos o que é bom.
Um rapaz de cabelo encaracolado que se calhar por isso
tem o nome de Ariolindo quis-me meter uma alcunha foi a
alcunha do "marroquino" ( acho que pensam que viemos
de Marrocos ) o pai dele tem mesmo aqui numa rua para
que dá o nosso largo uma barbearia e tem um bigode à
hitler e a alcunha de Tapum ( é o senhor Cézar Tapum ) 
e veio logo o filho dele o tal Ariolindo a querer 
meter-me uma alcunha!

Cumprimentos do meu irmão e de todos cá de casa e meus
do neto Eduardo e espero que esta a encontre de boa
saúde senhora minha avó.


FIM 









segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Trásdaponte -Timbre - Biblioteca

Estamos na déc. de 50 do séc. XX. A Timbre orgulhava-se
de possuir uma das melhores Bibliotecas existentes em
Colectividades Filarmónicas.
A Biblioteca em princípio, abria ainda antes da hora de jantar,
A Mundet terminava o período de trabalho às cinco da tarde,
era o tempo do director de serviço ir a casa comer uma "bucha"
refrescar-se,e ala que se faz tarde.
No entanto,era no período da noite,que o bibliotecário de
serviço mais trabalho tinha.Havia uma grande procura de livros,
e tudo tinha que ficar registado,os que entravam e os que saíam.
Claro,que não nos podemos esquecer, dos livros escondidos
em gavetas "secretas" e que só eram entregues a pessoas
de confiança.

Na foto,reconhecem-se: António Silva que viria a ser o
mentor da grande Orquestra Jazz "António Silva"
e Rafael Calqueiro músico fundador dos "Aranhas"

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Trásdaponte-Joaquim Boga - Republicano

Trásdaponte - Largo Joaquim Boga

O Trásdapontense, Joaquim Boga,Carpinteiro Naval de profissão,
foi Fundador do Centro Republicano do Seixal e, 
Presidente da Comissão Executiva da Câmara Municipal do Seixal.


VIVA A REPÚBLICA

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Trásdaponte - Timbre - Acordai

Ao ver este vídeo de 29 - 9 - 2012, veio-me à memória uma estória
passada na Timbre, contada pelos mais velhos à volta de uma
mesa, na companhia de uns copos e umas lambujinhas.
Corria a déc. de 50 do séc. XX. Domingo, tarde Cultural com o
coro da Academia de Amadores de Música, de Fernando
Lopes Graça,( amadores mas muito competentes ).
Por hábito nas tardes Culurais da Timbre,era oferecida aos participantes
uma flor,normalmente de papel,claro que era esperado um donativo,
para ajudar nas despesas.Nesse dia, e como o tempo era de Primavera,
as flores de papel foram substituídas por centenas de papoilas colhidas
ali mesmo ao lado na quita do Sousa.
Acontece que, uma "alta individualidade" lá da terra resolveu ir
assistir a essa tarde Cultural Timbrense. A meio da sessão resolveu sair
comentando para um amigo " vamos embora porque isto cheira
muito a vermelhos".
Ao ver o vídeo pergunto. Será que ao agente também lhe cheirou
a vermelhos ?

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Trásdaponte - Timbre Seixalense - Banda

As "mascotes" na Banda,foram sempre uma constante ao
longo da sua existência.
Nesta foto da déc.  de 80 do séc. XX, a "mascote" é o Pedro
descendente de uma conhecida família Timbrense.
No bombo o Anselmo Loja, Paulo no trombone, na caixa
o filho do Márinho,lembram-se do Márinho, da família

"Cága-Apitos".
A tocar pratos vai o "Nini", porta estandarte o sempre dedicado
Policarpo, o Maestro na época era o Sr. Barrinha

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Trásdaponte - Estórias com Gente de Trásdaponte

ESTÓRIAS COM GENTE DE TRÁSDAPONTE

LARGO DA IGREJA ANOS 50 SÉC. XX

                                              de   Eduardo Palaio

Parte 1

                                       
                                 Senhora minha Avó

Em primeiro lugar estimo que esta a encontre de boa saúde,
nós estamos bem, felizmente.Estou-lhe a escrever esta carta
porque a minha mãe mandou que assim o fizesse e até era
para ter escrito há mais tempo mas como apanhei asiática só
só agora o estou a fazer. Apanhei a gripe num dia em que tudo
me correu mal em que eu saí fechei a porta de casa desci os
degraus grandes de pedra que se alargam em muito escuro
e depois saí à rua pela porta muito larga e alta  também e
fui  ao pão foi atrás de mim um gatito preto chamado
chico que é do senhor Manuel que é o dono da taberna
que por ter uma grande chave se chama chave de ouro
que fica no mesmo prédio logo à direita de quem sai o tal
portão grande e por debaixo da nossa casa que é no primeiro 
andar. À porta da taberna tem um banco corrido e aí às vezes
me sento e vem ter comigo o gatito que se chama chico. 
Ele já me conhece anda atrás de mim como se fosse um
dos cachorrinhos que já tivemos e que tinham todos os
nome de mondego ( ou foi em Sintra ou em Pero Pinheiro
ou aí na Figueira, aí não que não tínhamos quintal e não foi
na Figueira que eu apanhei a febre da carraça ).
Nesse dia assim fui e o gatito chico acompanhou-me até
à padaria e eu sempre a ver se ele não fugia para o largo
da praça e por isso me distraí.


                                      
Pedi o pão saco de pano numa mão e o dinheiro na outra
"eu queria faz favor duas carcaças de dezasseis" assim disse
à senhora que fala a modos de ser espanhola e se chama
dona Júlia e já ia a sair a porta com o pão quando ela me
gritou com uma voz como se fosse um pavão daqueles
que há no parque do Palácio da Pena:" ó menino
esqueceste-te do troco!" maneira dela falar para me dizer
que me ia embora sem pagar e a verdade é que ia a sair
distraído que estava com os três mil reis e mais os dois
tostões na mão que vergonha voltei atrás senti que estava
vermelho que nem um tomate a cara abrasava-se-me
quem estava ao balcão  quando eu voltei atrás estavam
todos a rir. Acho que foi por isso que apanhei mais
facilmente as febres da asiática há quem não a tenha 
apanhado.

                                                                          continua

Clique na foto para ampliar e poder visualizar o nome
de alguns moradores do Largo





terça-feira, 25 de setembro de 2012

Trásdaponte - Situação Social do País



O Trásdaponte, não é um blogue de análise ou crítica politica,
no entanto, e porque o momento assim o exige,não podemos
ficar indiferentes à actual situação social do Povo.
Por esse motivo, vamos marcar presença no próximo
sábado 29 - 10 - 2012 no Terreiro do Paço em Lisboa.


sábado, 22 de setembro de 2012

Trásdaponte - Aranhas

Vamos hoje regressar ao passado profundo.
1934 ano da fundação da Orquestra Jazz "Os Aranhas".
Eram todos umas crianças,rondavam os 20 anos de idade,
nem sonhavam, o sucesso que viriam a ter nas quase duas
décadas de existência.
O fotógrafo da época,quis inovar,tirando uma foto em
"escadinha",inovou tanto que conseguiu cortar a cabeça
ao elemento mais alto do grupo.O local onde a foto foi
tirada,convenhamos, também não era o mais indicado.
Digo eu 78 anos depois.
Vamos aos artistas,começando pelo mais pequeno:
João Tavares, José Calqueiro, o 3º não me lembro,
alguém me ajude, Germano Sado,Rafael Calqueiro,
Adelino Tavares,por fim o homem da cabeça cortada,
Emílio Rebelo.

Esta foto foi encontrada na caixa de papelão de
João Tavares

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Trásdaponte - 25 de Abril

Estamos em Trásdaponte -Rua Cãndido dos Reis.
Meados da déc. de 80 do séc. XX.
O Povo do Seixal festejava o 25 de Abril de 1974.
Nesse tempo, o povo vivia na esperança de uma vida
melhor.Hoje, as perspectivas são de uma vida pior.
Será que não conseguiremos ultrapassar este mau momento?


Clique na foto para ampliar