domingo, 30 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Bom Ano de 2013

O Grupo Desportivo Trásdaponte,
deseja a todos os visitantes do "Atrás da Ponte",
um ano de 2013 cheio de comes e bebes
e que ganhe o melhor.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Ano de 2013

Na medida do possível, que 2013 passe
depressa,e sem muitos sobressaltos.
Nós por cá,continuamos "unidos e coesos",
prontos para mais umas "macacadas".

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

sábado, 22 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Estórias com Gente de Trásdaponte

                                 ESTÓRIAS COM GENTE DE TRÁSDAPONTE

                                                                                    de Ângela Piedade

                                                    A tablete de chocolate


Hoje não me safo, não há ninguém para brincar, a Amélia está de castigo e não a deixam sair. Bem pedi à D. Ludovina que a deixasse brincar comigo, que nós nos portaríamos bem, supliquei, mas a mãe da Amélia com aquele sorriso de quem gostava de mim, só dizia: _ Não pode ser filha, foi o pai que a castigou e eu não posso fazer nada. Volta não volta isto acontecia, a Amélia era rabina e eu não imagino a minha infância sem ela e as suas peripécias divertidas. Na rua não aparecia ninguém, o que era feito da Carolina, da Lucinda, da Jacinta, da Tina, da Elsa, ninguém aparecia para brincar, também estariam de castigo, pensava, naquele tempo não era preciso muito para que isso acontecesse. Sozinha comecei a jogar ao pesão, na esperança de alguém querer brincar comigo, qualquer uma servia, brincar sozinha é que não.
 Nisto passa a minha avó Maria e pergunta-me: _ Ângela Maria queres vir à Cooperativa com a avó? Cooperativa palavra mágica, o sítio onde comprava os chocolates e outras guloseimas. A brincadeira estava fraca e logo lhe dei o braço.

 Subimos ao primeiro andar onde estava o Auto-Serviço, algo parecido com o que é hoje um supermercado, as coisas estavam em prateleiras e eu podia mexer. Corri para a minha tablete do costume, pequenina com um estampa colorida a que chamávamos de surpresas e que colávamos nos cadernos da escola. Os rapazes coleccionavam os cromos dos jogadores de futebol que saíam nos rebuçados e faziam um jogo muito engraçado em que cuspiam na palma da mão e viravam os cromos que estavam ao contrário. Chegámos à hora em que estavam a abastecer e a colocar produtos nas prateleiras, quando no alto do escaparate das guloseimas, aparece sozinha uma tablete enorme da Regina, era de ficar sem fala, nunca tinha visto uma tablete tão grande. Puxei a minha avó pela saia, e pedi-lhe: _ Vó, compra-me aquela tablete, compras não compras? A minha avó viu o preço e com um ar desanimado retorquiu: _ Não pode ser filha, é muito cara e a avó não trouxe dinheiro que chegue. Remexi os bolsos e estendi-lhe a mão com alguns tostões e agora vó, já pode ser? Não chega, isso só dá para aqueles rebuçados de café a meio tostão cada. Baixei os olhos triste, queria tanto a tablete. A minha avó na sua generosidade e amor (deu-me de comer à boca até aos 11 anos), decidida: _Vamos a casa buscar o dinheiro que falta! Tinha o coração aos pulos a caminho da rua 1ª de Dezembro e nunca me lembro de ter subido tão depressa o 3ºandar, casa onde nasci. Ó vó vamos depressa, podem comprar a tablete, com dificuldade a minha avó tentava acompanhar o meu passo, quase corria, ela sofria do coração... cinco escudos custava a tablete e finalmente era minha! Sentei-me à porta da Cooperativa enquanto a minha avó fazia as compras e conversava com as comadres. Que tablete deliciosa, tinha uns altos de onde jorrava um líquido viscoso muito saboroso, nunca tinha comido nada assim. Nisto oiço ao longe a voz da minha avó, Ângela Maria, Ângela Maria, acorda, a avó tem de ir fazer o jantar. Ó Maria Matos, a tua neta não está bem, a rapariga não responde, se calhar apanhou muito sol, colocaram-me a mão na testa para saberem se tinha febre, andava meningite na terra, a minha avó muito aflita só dizia, valha-me Deus, nossa Senhora, morreram-me quatro filhos e um deles com meningite ( o meu pai foi o único sobrevivente), ai minha rica filha e desatou a chorar. Até que a Sérgia pequenina, tentou pegar-me ao colo e disse: _ a tua neta cheira a álcool! Tinha o vestido todo sujo do líquido que saiu da tablete. Outra comadre pegou no que sobrava da tablete e num espanto ao ler o papel retorquiu:_ Ó Mari Matos, tu foste comprar uma tablete com anis para a tua neta? Coitada da minha avó, sabia lá que havia tabletes com anis, além disso, era muito míope (16 dioptrias), os olhos negros enormes, pareciam dois pontinhos naqueles óculos. Leva mas é a rapariga para casa e ela que durma, diziam as comadres. E assim foi, agarrada à cintura da minha avó, fui cambaleando até casa e dormi. Ao acordar lá estava a avó Maria, ansiosa a perguntar-me: _ Sentes-te bem filha, sentes-te bem? E a primeira coisa que eu disse: _Ó vó, onde está a minha tablete?


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Concerto de Natal

Concerto de Natal no Salão Nobre da Timbre no dia
16 - 12 - 2012
Durante a tarde foram distinguidos com o titulo de

Sócio Honorário os seguintes Timbrenses:
Leal Calqueiro, Luís Rosa e Egas Capucha.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Concerto de Natal




A Banda da Timbre efectuou um concerto no
Lar de Idosos do Seixal
16-12-2012

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domingo, 16 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Copaneiras

Estamos em 1944,no Salão Nobre da Sociedade Timbre Seixalense
O grupo "Copaneiras" comemora o seu VII aniversário.
Muito difícil em 2012 identificar os convivas, no entanto,no
topo da mesa,reconhecem-se duas figuras que se destacaram
na vida da Timbre.Capitão Louro amigo da Sociedade,e o
maestro Domingos Maria Ferreira,de quem já aqui temos falado.
Lembrar que o grupo ainda existe, e que em 2012 festejou
o 74º aniversário.

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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Centro de Estágios

Sem dúvida que a construção do Centro de Estágios do
S. L. e Benfica no Seixal, veio animar uma vila que vai caminhando
lentamente  para a "desertificação".
Trásdaponte,dista apenas 1400m do Centro de Estágios,por aqui
transitam diariamente os "craque
$" da bola.

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sábado, 8 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Concerto de Natal

A cantora lírica Raquel,que actuou com a Banda da Timbre



Na Igreja do Seixal em Trásdaponte a Banda da Timbre
executou o 1º concerto dos três anunciados.

No dia 16 pelas 11h terá lugar o 2º concerto no Lar de Idosos do Seixal
no mesmo dia pelas 15,30 no Salão da Timbre Seixalense
terá lugar o 3º concerto


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Trásdaponte - " A pequena janela do Beco do Alpendre"

A pequena janela do Beco do Alpendre

Parte 2

Os pais da Amélia não nos deixavam atender ao balcão,meninas
bem comportadas ficam a um canto sossegadas a estudar.

Mas naquele dia, por uns minutos, os dois tiveram que sair e foi
quando começaram a chegar os trabalhadores a reclamar por um
um copo de três.

Anda daí, dizia a Amélia com aquele ar despachado,vamos para
o balcão, eu sei o que é um copo de três, é aquele com uma risca
ao meio, abres a torneira do barril, pões um pires por debaixo para
apanhar os pingos do vinho e enches o copo, que eu levo às mesas...
e assim foi o meu primeiro dia de taberneira!

Bebíamos às escondidas todos os pingos que caiam do barril, 
sentadas no chão por detrás do balcão e se as gargalhadas eram
muitas, passaram a ser ainda mais...

Entretanto a Carolina chegou para brincar connosco e avisou-nos
que os pais da Amélia já vinham aí, ela foi a nossa salvação, um
bocadinhos tontas da pinga, retomámos os nossos lugares de 
meninas bem comportadas no canto da mesa.

Nisto chegam os pais da Amélia, muito afogueados e a perguntar
se nos tínhamos  portado bem, mas com aquele ar desconfiado de
que se tinha passado algo e viram os copos de três em cima das
mesas já servidos... ralharam,ralharam...e nós quase a enfiarmo-nos
debaixo da mesa, dizendo que não voltaríamos a fazer o mesmo,mas
por favor não faça queixa à minha avó,suplicava eu!

Com aquele ar franzino de olhos esbugalhados de quem não parte
um prato, lá convenci a D. Ludovina, que só ralhava da boca para
fora, com um coração de ouro...e ela para mudar de conversa disse:
-Não têm fome?

Ufa! Que alívio! Já tinha passado o mau tempo! E não sei se era  
do vinho, mas o facto é que estávamos com fome e foi aí que 
entrámos na minúscula cozinha da taberna com uma janelinha que
dava para o Beco do Alpendre... os famosos ovos estrelados da
D. Ludovina iriam ser feitos numa frigideira pequenina, que parecia
de brincadeira, cheia de óleo e que com uma colher deitava por
cima deles aquele óleo fervente até formar uma capa branca,mas
durante pouco tempo, para não ficarem muito cozidos...com um
pedaço de pão rebentá-los e saborear  de olhos fechados... os
melhores ovos estrelados que alguma vez tinha comido, os da 
D. Ludovina!

Taberna do Elói

Estava na moda a margarina Vaqueiro e a minha mãe só usava
essa margarina para os estrelar, aparecia a Maria de Lurdes Modesto
na TV, a dizer que era melhor para a saúde, blá,blá,blá... e eu a
teimar que os ovos estrelados da mãe da Amélia eram muito melhor!

Sou fraca cozinheira, mas ovos estrelados, faço à moda da taberna
do Elói, ah... mas aquela cozinha que dava para o Beco do Alpendre,
onde brincava e o cheiro delicioso desses ovos que saía por aquela
pequena janela, eram insuperáveis ... os melhores que já alguma
vez comi!

Ângela Maria, vens ou não vens? Sai desse beco que temos
coisas para fazer! Reclamou a minha mãe ...

FIM

                                                                Ângela Piedade






terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Trásdaponte - Solar da Timbre


Déc. de 70 do séc. XX.
Com o rio ali bem perto,a estrada não era tão larga, o
Solar da Timbre,lugar aprazível nos meses de Verão.
 

domingo, 2 de dezembro de 2012