segunda-feira, 6 de julho de 2020

         INAUGURAÇÃO DO PAVILHÃO  DESPORTIVO
                    LEONEL FERNANDES  (  NHÉU  )

Foi inaugurado no dia 29 de Junho de 2020 o Pavilhão Desportivo
Leonel Fernandes, no local, onde exactamente há cerca de 70 anos,
o Nhéu e outros amigos calçaram pela primeira vez um par de patins.
Homenagem merecida, a um dos melhores hoquistas do nosso país. Nascido e criado em TRÁSDAPONTE 
Fachada principal

Fachada principal com varandim

Zona posterior com parque de estacionamento

Lateral com balneários

Frente e estátua

Estátua

Placa identificativa

Presidente da Câmara discursando

Presidente da Associação CRIAR-T

Leonel recebe uma réplica da estátua

Leonel posa com o escultor da estátua
que está à sua direita

Entrega de diplomas

Grupo de antigos companheiros hoquistas

sexta-feira, 3 de julho de 2020


               UM  CONTRIBUTO  PARA   A  HISTÓRIA  DA MARCHA DAS CANAS

Será que?
Será que a nossa Marcha das Canas tem alguma coisa a ver? O que me têm dito é que ela se terá realizado pela primeira vez nos anos quarenta; o que é compatível com a ideia de um “mimetismo” importado de Lisboa, será? Eu conto.
Partilho a informação que li num texto de Filipe Luís no último número da revista Visão dedicado à maquiavélica personagem do “Estado Novo” de nome António Ferro. A dado passo, a propósito de ele ser considerado um autor de marketing político avant-la-lettre (ao serviço da propaganda do novel estado fascista), dando-se como exemplos a criação do Galo de Barcelos na sua actual e turística versão, e da “invenção” das Marchas de Lisboa, vem escrito, o que mais nos pode interessar, a propósito destas marchas dos bairros populares lisboetas. Transcrevo: … a coreografia das marchas, que são promovidas e institucionalizadas por António Ferro, é inventada, em 1932, por Leitão de Barros (realizador de filmes) e, depois adotada pela Câmara Municipal de Lisboa. Hoje, acredita-se que a tradição vem de tempos imemoriais…
No mesmo artigo se escreve: … O que se fazia, em junho, nos bairros populares de Lisboa, desde o tempo de D. Maria I (reinou de 1777 a 1815) era uma “ronda dos chafarizes”, onde as pessoas iam, em fila, lavar a cara, depois de arraiais e de cegadas.
No Seixal, na nossa “Sociedade Velha” amanhecia-se para o dia 29 de Junho, de S. Pedro, depois de uma noitada de “arraial de uma espécie de cegadas” e ia-se lavar a cara à Quinta Grande, em marcha, e com música de acompanhamento, e regressava-se com as toalhas dependuradas das canas arrancadas nas quintas. De certeza que não se começou no tempo da rainha, mas estava-se tão perto de Lisboa e tanta gente vivia e se conhecia de um lado e outro do rio…

Dias de meio de junho de 2020,  Eduardo Palaio