quinta-feira, 25 de agosto de 2022


 

                                             NOVO  LIVRO  DE  EDUARDO  PALAIO

APRESENTAÇÃO  DIA 11  DE SETEMBRO NA SOCIEDADE UNIÃO SEIXALENSE

                                                     16:30 / 17:00 HORAS


Estreou-se na literatura em 1980 (Pinta-o às Bolinhas Azuis. Edit. Plátano). 

Em 2010 foi galardoado com o Prémio Nacional do Conto Manuel da Fonseca e, em 2011, recebeu o Grande Prémio de conto Camilo Castelo Branco da associação Portuguesa de escritores. Foram-lhe atribuídos e ainda, vários prémios respeitantes a conto e literatura juvenil. Eduardo Palaio é natural do Seixal. Além de praticar vários géneros literários, trabalha ainda como muralista, ilustrador, pintor e cartoonista (começou muito jovem no "O Mundo Ri" sob a dicção de José Vilhena).

Últimas edições: A Peregrinação de Artur Vilar (romance, Edit. Miosótis), Caixa Baixa (Edit. Colibri), Os Dez de Tânger (romance histórico, Edit. Clube do Autor), A Despedida - Onde Fica o Cemitério das Gaivotas (ficção - Edit. Calibri).


"SINOPSES"

Uma geração vai uma geração vem, houve um tempo em que os velhos e os novos viviam no mesmo tempo: não é o caso presente.

"... mais cinco mais dez anos morrem, ou pior: nem sabem que ainda cá estão" - isto é o que se diz dos protagonistas. São mais de vinte, a maioria dos homens esteve na guerra, o que por lá fizeram será contado; é gente cultivada, um sabe tudo de sinónimos, outro é assíduo leitor de Homero e Virgílio.

Suspeita-se de uma reencarnação.

Em certo sentido este livro é uma encomenda patética.

...o mastro erguido navega nas ondas deixou de ser carne freixo: os do bote do Mosca morrem todos afogados, o Malfeito naufraga e morre a companha toda, o bote do Pardal foi pelo mar abaixo e foi dar a Aveiro, o S. Pedro do António Policarpo afundou. Os pescadores de mar desapareceram O que se levanta aos céus não é um freixo é uma chaminé de fábrica. 

Pouca gente, numa vida inteira, teve ocasião de enquanto jovem, ver chegar o fim, a morte: "Já está!". Ter estas duas palavras entre os dentes. E o ponto de exclamação. Igual ao frio que sente quem, com os pés pesados, está no centro do alçapão que vai deixar de ser tábua, substituído por abismo ...A tropa do pelotão de fuzilamento apoia os dedos nos gatilhos, as cabeças descaem os turbantes para a altura dos canos das armas. Afinam a pontaria. Um sussurro de pés nas ultimas filas. As costas do Manuel Matos, contam os pingos de suor, frios, muito frios, um, dois, três, outro. Escorrem salgados por entre as nádegas, magras.