terça-feira, 5 de julho de 2011

Trás da Ponte - Padarias 1

Nº 20 da Rua 1º de Dezembro.Padaria do "Xico Padeiro".
Era a Padaria da rua,uma rua que fervilhava de gente,as casas
estavam todas habitadas,casas humildes,mas não degradadas.
Só não compravam nesta Padaria os sócios da Cooperativa
Operária de Consumo 31 de Janeiro,que tinham a sua padaria
na rua de cima,actual Cândido dos Reis.
Semanalmente chegava a carroça do pico e, o Xico como bom
homem,convidava os miúdos da rua,para o ajudarem a descarregar
o pico por 1 tostão,pago na hora,ainda não tinha chegado o tempo
dos salários em atraso.Estávamos nas déc. de 40 e 50 do séc. XX
O empregado do Xico o homem que amassava a farinha,com que
eram feitos os "papossecos" ou o pão escuro para os mais
pobres,naquele tempo já havia pobres.Era o Sr. António,que nos
seus tempos livres,gostava de se sentar no degrau da porta
da Elisa "toca o hino",que ficava em frente à padaria,a ler o seu
jornal de sempre. O Sempre Fixe.Jornal humorístico da época.
No "casarão do 1º andar,por cima da padaria,morava o Sr.
José Ferrer,conhecido industrial na área das ferragens,com
oficinas de fundição no Seixal e Arrentela.Dono de uma conhecida
loja de ferragens em Lisboa.
Seu filho Ítalo Ferrer ,é o pai de Maria Antónia Palla,
conhecida jornalista,que nasceu neste 1º andar.
Maria Antónia Palla,é uma mulher de Trásdaponte
No 1º andar por cima da casa do pico,morava o António José
"Maneta".Tinha a casa mais quente da rua, no r/c , ficava o forno
da padaria
A foto é de 2011,clique para ampliar

 

1 comentário:

  1. Escritora Maria Antónia Palla
    Biografia
    Maria Antónia Palla nasceu no Seixal em 10 de Janeiro de 1933.
    Aos quatro anos, foi viver para Lisboa, mas até aos 10 anos regressava ao Seixal frequentemente para férias.
    Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa.
    Em 1968, entrou para o “Diário Popular”, sendo uma das primeiras mulheres a integrar uma redacção, com tarefas indiferenciadas. Trabalhou depois em diversos jornais, revistas e televisão, nomeadamente no “Século ilustrado”, “Vida mundial” ANOP (Agência de Noticias), “A capital”, RTP, tendo cessado a actividade profissional activa como chefe de redacção da revista Máxima.
    Antes do “25 de Abril”, como jornalista e no quadro das actividades da Oposição Democrática, empenhou-se na defesa da liberdade da informação e pugnou pelos Direitos das Mulheres, acção que prosseguiu após 1974. Foi membro eleito do Conselho de Imprensa e foi a primeira mulher eleita para Vice-Presidente do Sindicato dos Jornalistas, depois de ter presidido o Conselho de Deontologia do mesmo sindicato. Foi fundadora e presidente da Liga dos Direitos das Mulheres.
    Entre 1974 e 1976, manteve, com a jornalista Antónia de Sousa, um programa quinzenal na R.T.P., “Nome-Mulher” que inventariou e debateu os problemas da “condição feminina” e registou as acções mais representativas das lutas das mulheres no período revolucionário.
    Nos últimos anos, na decorrência da linha de pensamento que norteou a sua vida, pautada pelos valores da liberdade, igualdade e solidariedade, tem-se dedicado aos problemas africanos, sendo membro da direcção do “Forum Português para a Paz e Democracia em Angola”.
    Foi Presidente da Caixa de Previdência dos Jornalistas (1997-2007), tendo sido a primeira mulher a exercer esse cargo.
    Colaborou em inúmeras publicações e participa regularmente em seminários, colóquios, conferências.
    A 25 de Abril de 2005 foi agraciada pelo Presidente Jorge Sampaio, com o grau de Comendadora da Ordem da Liberdade.

    ResponderEliminar