quinta-feira, 19 de julho de 2012

Trásdaponte - Ameijoas

As águas de Trásdaponte, foram sempre uma "mina" para
os seus moradores. Quem ali viveu até à déc. de 60 do séc. XX,
não vai esquecer as pescarias que por ali se faziam.
Eram os choquinhos os xarrocos as enguias e as ostras, hoje
tão valorizadas,as lamujinhas grandes ,pretas e gordas que eram
a especialidade, do Zé João e do Joca e do Nhéu na Verbena
da Timbre Seixalense,um fio de azeite,que os tempos eram
de crise, dois dentes de alho esmigalhados uma folha de
louro um "calorzinho" no fogão,estava o lanche feito.
Ah! Ah! não vamos esquecer os caranguejos, o petisco
preferido da miudagem.uma panela velha,uma fogueira no
areal da rua 1º de Dezembro,cascas de cebola "roubadas" na
mercearia do Júlio dos ovos.E era uma festa

 

Os tempos são outros, hoje,as ameijoas vão na frente.
Dizem que são às toneladas,fazem o salário de muitos.

Uma amostra em plena rua 1º de Dezembro.


Fotos de Julho de 2012


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1 comentário:

  1. É verdade; o Tejo, o Coina e o Judeu na nossa infância/Juventude eram um manancial de marisco, quantos golpes de casca de ostra fiz nos pés quando, rapazola, ia apanhar lamujinhas no Coina, na praia da "Copa Cabana" frente a Paio Pires.
    A malta depois da apanha, ia a suas casas "surrupiar", um a panela, outro o azeite, outro a cebola, ainda outro o garrafão de água e se houvesse os "pirolitos" e, o menos sortudo (por mais difícil) o fogareiro a petróleo! Onde hoje é o antigo Hospital da Misericórdia, na altura era um descampado rectangular, com superfície mesmo propicio ao jogo do futebol, era a nossa "sede". Ao longo da Rua existia um valado coberto de chorões, tínhamos feito um buraco que era coberto com uns paus e tábuas e suportavam os chorões. era a nossa mini cozinha. Ainda hoje prefiro uma boa lamujinha a ameijoa.
    O mourão bem queria mas ele não volta para trás...

    Abraço, Alfredo

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